Dança do Movimento Espontâneo
"Se as pessoas dançassem mais seriam menos agressivas. Teriam um espaço para extravasar sua raiva, suas fúrias, suas paixões. Dançar não é seguir passos, é apenas abandonar-se na música, é entrega, e ter os pés e corpo literalmente soltos! "
Spontis = voluntário, com desejo próprio e que exerce o livre arbítrio.
Muita gente pergunta: Mas o que é a Dança do Movimento Espontâneo (D.M.A.)?
A resposta apesar de simples é muito complexa para a maioria das pessoas. Já que a D.M.A. não tem um coreografia a ser seguida a não ser aquela que o corpo totalmente solto responde de forma espontânea à música. “Não é dançar, é ser a música”.
A D.M.A. é um exercício de entrega total a uma música. Não usa coreografia somente a soltura e a liberdade. Na D.M.A. trabalhamos com vários tipos de músicas desde os mais populares até os clássicos. A ideia é sempre um corpo solto e, portanto não bitolado/adaptado a um estilo de música específico.
Nos tempos contemporâneos a coreografia tem se mostrado quase uma obrigação. Dançar fora dela é “out”, o que nos lembra de que o ato de dançar fica cristalizado, ou seja, não espontâneo, e muitas vezes até repetitivo. Tanto na vida, como na dança, a espontaneidade é a mola propulsora à criatividade. Somente é criativo quem é espontâneo, ou seja, dá respostas novas a velhas e novas situações. E para isto precisará ler, perceber e se sensibilizar com estas situações vividas, que no caso da D.M.A. são a música em si.
A base metodológica e teórica do D.M.A. é o psicodrama (criação de Jacob Levy Moreno). Numa sessão de D.M.A seguimos os mesmos passos de uma sessão psicodramática: aquecimento inespecífico; aquecimento específico; dramatização do tema grupal através da dança e compartilhar. As demandas da sessão de D.M.A. serão sempre às do grupo, tal como no psicodrama. O objetivo final será sempre a espontaneidade no ato de dançar. Para chegar a este resultado o diretor do D.M.A. trabalhará o corpo dos participantes visando a sua soltura. Somente corpos soltos e não ansiosos (repetitivos) é que conseguem dançar livremente.
Claro, que esta soltura experimentada nas aulas de D.M.A. se reflete na vida de forma geral. Já que em cada aula (uma é diferente da outra) os participantes aprendem a lidar com seus sentimentos, e identificá-los, podendo desta forma dar novas respostas à situações que vivenciam em seu dia a dia.